domingo, 12 de fevereiro de 2012

              90  Anos da "Semana Moderna"!!






   Semana de Arte Moderna de 22:




     Foram dias desvairados! Dias 13, 15 e 17 de Fevereiro de 1922. Três dias que mudaram o cenário cultural do Brasil. Aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo...As apresentações transformaram-se no marco do modernismo brasileiro. 
     O movimento pretendia romper com as tradições acadêmicas e incorporar as  linhas gerais dos movimentos de vanguarda que agregavam seguidores na Europa. Eles buscavam uma linguagem tipicamente nacional...
     Quem participou do Movimento de 22: Mário de Andrade; Oswald de Andrade; Heitor Villa-Lobos; Victor Brecheret; Graça Aranha; Anita Malfatti; Cassiano Ricardo; Sérgio Milliet; Tarsila do Amaral, Menochi Del Pichia; Di Cavalcanti, entre outros.
     Para (re)ver alguns filmes que (re)tratam da Semana de 22 ou de alguns personagens importantes do Movimento e ainda, alguns títulos baseados em autores Modernistas ou quase...
"Eternamente Pagú"; "O Homem do Pau Brasil"; "Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão"; "Lição de Amor"; "Macunaíma"; "Policarpo Quaresma, Heroi do Brasil". 
     Salve 1922! Fugindo da Mediocridade sempre e sempre...

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Fevereiro é mês do CARNAVAL que é sinônimo de
                    RIO     DE      JANEIRO 


Popular do Vale – Ed. 327
Cinema em Casa – Joel B. Ramos

O Rio no Cinema!

    O festival de música “Rock in Rio” terminará dia dois de outubro, mas o nome da cidade do Rio de Janeiro continuará em evidência por muito tempo. A chamada “cidade maravilhosa” é uma das cidades sede para Copa Mundial de Futebol em 2014, e, também, foi escolhida para sediar os Jogos Olímpicos de 2016.  
    Uma cidade tão famosa e cheia de charme já foi cantada em prosa e verso e, claro, no cinema não foi diferente: serviu de cenário de muitos filmes nacionais e estrangeiros. Quase sempre a imagem de cartão postal da cidade do Rio prevalece nos filmes. A chamada imagem “clichê” (um lugar-comum) está presente: carnaval (samba), futebol, mulheres bonitas e sensuais... Assim o Rio é visto pelos “gringos” há muito tempo e os filmes, simplesmente, repetem e repetem tal visão. E quem defende outro tipo de imagem do Rio (e do Brasil em geral) acaba esquecendo a razão primeira da existência destes filmes: o público. A platéia alvo é o estrangeiro em busca de histórias mirabolantes e, de preferência, em lugares exóticos, diferentes da sua realidade. Os produtores procuram atender o público.  Não se pode esperar uma tese sociológica em tais filmes, onde o verdadeiro Rio de Janeiro e seu povo deveriam aparecer.
    A discussão pode ir longe... Há algum tempo, dois filmes americanos foram lançados: “Velozes e Furiosos, Operação Rio” e “Rio”. Eles alcançaram grande sucesso de público nos cinemas pelo mundo a fora. Os dois títulos podem ser alugados ou comprados.
       “Rio” é uma animação (ou desenho animado, como era chamado antigamente) em ritmo de aventura e comédia da Fox Filmes e tem direção do brasileiro e carioca Carlos Saldanha (também participa do roteiro do filme). É a história de Blu.  Uma arara azul, ele foi raptado ainda pequeno e mandado para os Estados Unidos, onde vive como pássaro de estimação na gelada Minnesota. Acredita-se que Blu é o último de sua espécie. Mas sua dona fica sabendo sobre Jade, uma fêmea da espécie que vive no Rio de Janeiro... Assim,  eles iniciam a aventura de sua vidas. Apesar de nunca ter aprendido a voar, Blu torna-se amigo de um grupo esperto de pássaros da cidade que o ajudam a encontrar a coragem de abrir suas asas e seguir seu destino.  Fica a mensagem: amizade é essencial na vida e os amigos fundamentais! Uma curiosidade: o filme Rio levou em apenas três dias de exibição, mais de 1 milhão de pessoas ao cinema.
    “Velozes e Furiosos, Operação Rio”, ação, aqui a querida cidade do Rio (grande parte foi filmado em Porto Rico!) recebe a visita de Vin Diesel e Paul Walker. Na trama três americanos fogem para o Brasil em busca de uma sonhada vida pacata, mas depois de um golpe dar errado, o trio fica na mira de um chefão do crime e de um agente do FBI. Corrupção policial, mulher bonita, perseguição pelas ruas do Rio e tudo o mais... O filme já virou uma verdadeira franquia, esta é a parte 5.  Afirmaram que o filme merece nota dez na ação e zero na geografia...
     Em um confortável e macio sofá, a pipoca e refrigerante não podem faltar nesta gostosa sessão de cinema: boa diversão!


Serviço:
Rio, Estados Unidos, 2011, direção de Carlos Saldanha, 95 Min. Cor. Produção da Fox Filmes.
Velozes e Furiosos, Operação Rio, Estados Unidos, 2010, direção de Justin Lin, 130 Min., Cor. Universal Filmes.
              Uma ameaça bem real: Bullying!




Matéria publica no Jornal Pop do Vale em Set.2011, Ed. 626.



Jornal Pop do Vale – Ed. 326
Cinema em Casa – Joel B. Ramos

 Cuidado: “Bullying” na Escola!

      O que é “bullying”? Trata-se de um termo em inglês e está cada vez mais integrado no dia a dia de muitas famílias. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.
      O significado não traduz os danos/prejuízos causados por quem é ou foi vítima de bullying. Assunto tão atual não passou despercebido pelo cinema. Um filme espanhol, recentemente lançado, conta com muita propriedade a história de um jovem adolescente e como o bullying mudou o rumo de sua vida.
      O filme em questão é: “Bullying, Provocações Sem Limites”. Um resumo: Jordi é um adolescente que perdeu recentemente seu pai e que, junto à sua mãe, decide mudar de cidade para começar uma nova vida. Em princípio tudo parece bem, mas o destino reservado para ele será uma terrível surpresa já que quando Jordi passar pelo portão da nova escola cruzará sem saber a tenebrosa fronteira de um novo inferno. Contar detalhes do filme vai estragar o sentido de vê-lo, mas é bom estar preparado para assistir cenas violentas, certo descaso por parte da Escola (leia direção) e uma tremenda sensação de impunidade... Como pode o ser humano impor tanto sofrimento ao outro? A triste (e solitária) experiência vivida por Jordi causa nos expectadores um profundo sentimento de revolta e repulsa.
      O caso relatado aqui é de um filme, de uma história contada pelo cinema, mas, se fosse apenas um filme, ficaria restrita às telas de exibição. Mas a história deste filme acontece com mais regularidade que se possa imaginar. O bullying é real demais e está próximo, bem ao lado, muitas crianças e jovens estão passando por uma verdadeira “via crucis”. Exagero? Não mesmo, mas a contestação de uma triste realidade que precisa ser sanada da Sociedade. O fenômeno bullying atinge escolas particulares e públicas.
     Discutir, conhecer, refletir e tomar medidas práticas para extrair e erradicar o bullying das Escolas deve ser a palavra de ordem... O correto é denunciar práticas de bullying. A omissão pode custar vidas humanas. Quem deve participar das conversas envolvendo tema tão caro? Os pais, todos os responsáveis pelo “processo educativo” e claro, os alunos. Tema mais que obrigatório quando se projeta uma sociedade harmoniosa e feliz! O cinema (e os filmes) foi criado para diversão, entretenimento, mas pode colocar em evidência assuntos difíceis, problemas sérios e até polêmicos... Aqui fica uma sugestão: as escolas deveriam exibir o filme “Bullying, Provocações Sem Limites”, mais indicado para os alunos do Ensino Médio, por conta das cenas de violência.

Serviço:
“Bullying, Provocações Sem Limites”, Espanha, 2009, direção de Josetxo San Mateo, 90 Min. Cor, gênero suspense.






domingo, 5 de fevereiro de 2012


               CARMEN MIRANDA: 103 ANOS!
                              (1909/1955)


      DIA 9 DE FEVEREIRO É O ANIVERSÁRIO DE UMA ARTISTA ÍMPAR, UM TALENTO GENUÍNO, UM NOME PERENE NA HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA:   CARMEN MIRANDA, A “PEQUENA NOTÁVEL” DOS BRASILEIROS OU “THE BRAZILIAN BOMBSHELL” DOS ESTRANGEIROS...

      VOCÊ CONTINUA ALEGRANDO MILHARES DE PESSOAS POR TODO MUNDO...


        


      PARABÉNS CARMEN!
Um artigo publicado originalmente no Jornal Popular do Vale (Ed. 625, Lorena, Setembro de 2011); no espaço "Cinema em Casa: Cuidado: “serial killers à solta... Nos filmes!"
                                                                              
     

       Um assunto desperta grande interesse em todos: o que se passa na cabeça de um serial killer? Antes de qualquer coisa, o que ou quem é um serial killer? A definição mais comum é “um indivíduo ou indivíduos que cometem uma série de homicídios durante um período de tempo, com pelo menos alguns dias de intervalo entre eles”. O termo serial killers foi utilizado pela primeira vez nos anos 70 pelo agente aposentado do FBI e grande estudioso do assunto: Robert Ressler. Escolhi dois filmes que tratam do assunto e não o esgota...
       Há mais de cinqüenta anos, um serial killer tornou-se mundialmente conhecido a partir do filme “Psicose”, direção do genial cineasta inglês Alfred Hitchcock. Trata-se do jovem Norman Bates, gerente/proprietário do Motel Bates um lugar decadente, que quase fechou suas portas após o desvio da autoestrada.
      Norman Bates viveu a vida toda, ao lado de sua possessiva mãe, num casarão ao lado do Motel, um jovem solteiro, solitário, soturno e aparentemente normal... Uma bela jovem: Marion Crane, que desfalcou seu chefe vai ser hospede do Motel Bates e ai, o atormentado Norman aparece em cena... A família fica preocupada com o sumiço da jovem e a policia é acionada; muitos segredos serão revelados a partir do desaparecimento da bela Marion.
      Psicose é uma obra-prima do cinema de suspense. Filme americano que ainda influencia cineastas de várias nacionalidades. Uma perfeita combinação de drama e suspense. O filme tem todos os ingredientes para agradar a todo tipo de platéia: bela fotografia e imagens em preto-e-branco; trilha sonora sublime do maestro Bernard Hermann; elenco soberbo; o roteiro de Joseph Stefano (baseado em história original de Robert Bloch).
      Algumas cenas são inesquecíveis, talvez a mais marcante de todas seja a célebre “cena do chuveiro”: a música vai aos poucos nos envolvendo e acompanha o  ritmo louco das estocadas da faca no corpo da jovem; a água escorre e o sangue macula o azulejo branco do boxe do chuveiro... Impressionante mesmo! Dizem que o filme não foi colorido por conta de tal cena, o público ficaria chocado com tanto sangue... O certo é que gastaram litros e mais litros de calda de chocolate, cinema é cinema e tudo é uma grande fantasia, ou uma boa mentira/farsa bem contada! A violência é mais implícita...
      A grande dica é alugar o filme com o disco extra que acompanha o filme; com as informações dos bastidores, as entrevistas, as repercussões do filme, etc. e tal.
     No rastro do jovem Norman Bates, um novo “perturbado” (e perturbador) aparece com o filme: “O Assassino em Mim”.
 Aqui temos a história de um jovem assistente de xerife: Lou Ford, numa pequena cidade do estado do Texas, Estados Unidos. Ele leva uma vida pacata ao lado de sua jovem esposa, até o dia em que uma prostituta aparece e desperta seus instintos mais selvagens. Ele é simpático, aparentemente, normal, boa aparência, fiel cumpridor de suas funções policiais, enfim, um bom cidadão... Mas, por trás de tanta bondade, ou melhor, por dentro dele, habita um ser desprezível: um verdadeiro “monstro” emerge das profundezas de sua alma. Um ser do mal, vindo direto do inferno... Violência não falta, principalmente contra as mulheres. Filme adulto na temática e nas violentas cenas apresentadas. O diretor não usa de subterfúgios; cenas (quase) reais acontecem diante dos olhos amedrontados dos espectadores. Violência explicita! Uma celebração do ódio, da raiva e das perversidades humanas (leia sadomasoquismo). Quem pode explicar o comportamento doentio do jovem Lou Ford? O filme nos remete ao clássico: “O Médico e o Monstro” do escritor Robert L. Stevenson. Carregamos o bem e o mal dentro de nós? O ditado popular: “a ocasião faz o ladrão” pode ser aplicado neste caso? A violência aqui não é gratuita, indicado para quem possui “estômago forte”; assista e tire suas próprias conclusões.

Serviço:
“Psicose”, Estados Unidos, direção de Alfred Hitchcock, ano 1960, 109 Min. Preto-e-branco, elenco: Anthony Perkins, Janet Leigh; Vera Miles; John Gavin; Martin Balsam, entre outros.

“O Assassino em Mim”, Estados Unidos, direção de Michael Winterbottom, ano 2010, 109 Min., Cor. Elenco: Casey Afflek; Kate Hudson; Jessica Alba; Ned Beatty, entre outros.