CONSUELO
LEANDRO
“80 ANOS” DE ALEGRIAS!
DE LORENA
PARA O MUNDO
Registrada com o nome de Maria Consuelo Nogueira, nasceu em
LORENA, no dia 27 de maio de 1932, filha do dentista e militar José Ortiz
Nogueira e Dione da Costa Nogueira, tornou-se conhecida, nacionalmente, com o
nome artístico de Consuelo Leandro. O nome foi uma homenagem ao avô, o general
Leandro e avó, Consuelo.
Consuelo Leandro foi atriz, comediante
e vedete: 46 anos de carreira artística!
A infância de Consuelo foi toda
passada em Lorena e ela recordava que sua vocação artística apareceu logo cedo,
ela declamava poesias e participava de todas as festas da Escola de freiras,
onde estudou. Uma passagem muito repetida: “com seis anos de idade e numa
procissão, eu saia vestida de anjo e pedi para minha mãe bordar uma cruz
brilhante na minha roupa, eu queria brilhar e aparecer na festa!”
A família de Consuelo transferiu-se
para o Rio de Janeiro em 1944, ela foi morar com o avô, em Copacabana, começou
sua carreira artística na década de 50, entrou para a escola de dança do Teatro
Municipal (por 10 anos) da cidade do Rio de Janeiro e seu primeiro papel nos
palcos foi no Teatro do Estudante de Pascoal Carlos Magno. Com o sucesso da
apresentação, ele teve duas opções, escolher a Comédia ou o Teatro de Revista.
Escolheu o Teatro de Revista em 1953 estreou na Companhia Zico Ribeiro, com a
peça “Carrossel de Mulheres”, em Copacabana.
Consuelo aprendeu o ofício de representar com notáveis e famosos
professores: Bibi Ferreira, Procópio Ferreira, Madame Morineau, Alda Garrido,
Dulcina de Moraes, Pascoal Carlos Magno, os grandes nomes da época.
Consuelo enfrentou a discordância do
avô, o general não aceitava ter uma neta artista e o remédio foi ir à luta, e
contou com o apoio total de sua mãe, a Dona Dione. Anos depois, ela fez as
pazes com o avô Leandro e ele virou grande fã da neta...
Depois do teatro, Consuelo assinou
contrato com a “poderosa e campeã de audiência”: a Rádio Nacional e sua voz
ficou famosa no Brasil: ela fez radioteatro e o humorístico “Balança Mas Não
Cai” (mais tarde adaptado para a TV). Em
1956, casou-se com o ator Agildo Ribeiro, o casamento durou quatro anos.
Ela morou por um ano em Portugal, onde
fez shows em cassinos e boates, excursionou por várias cidades nos Estados
Unidos. Consuelo fazia uma imitação perfeita de Carmen Miranda (“eu a conheci e
ela era minha ídola e eu sempre fazia questão de colocar um número de Carmen em
minhas apresentações”, palavras textuais de Consuelo)... Em 1960, ela retornou
ao Brasil e consolidou sua carreira, com shows em casas noturnas, cinema e
televisão. Assinou contrato com as principais emissoras de TV, inclusive, teve
seus próprios Programas na extinta TV Rio.
Conhecida por suas risadas altas, pelas
caretas e um jeito muito debochado, fez muitos programas humorísticos, como “A
Praça da Alegria”; “A Praça é Nossa”; “Escola do Golias”... Criou tipos inesquecíveis
como: Petronilha (a moça do guichê de informações, criação do autor Sérgio
Porto); Cremilda (a mulher do Oscar, o homem podre de rico, criação do Manoel
de Nóbrega).
Participou de novelas nas principais
emissoras de TV do Brasil: na TV Record, em 1965, fez a “Mamãe Lamparina”, na
novela “Ceará Contra 007” e na Rede Globo viveu o papel da inesquecível “Lili
Bolero” na novela “Cambalacho”, do autor Sílvio de Abreu, em 1986.
Consuelo Leandro trabalhou em 24 filmes,
destaque para os seguintes: Três Recrutas; O Petróleo é Nosso; Carnaval em
Caxias; Tira a Mão Daí; Mulheres à Vista; A Arte de Amar Bem; Gugu, o Bom de
Cama; O Bem Dotado, o Homem de Itu; Como Faturar a Mulher do Próximo; Os Bons
Tempos Voltaram, Vamos Gozar Outra Vez e O Escorpião Escarlate.
Um
grande nome da Cultura brasileira, uma artista ímpar: ia da comédia ao drama,
um talento gigantesco... Uma das maiores atrizes cômicas que o Brasil já
conheceu!
Ela
saiu de Lorena para realizar o sonho de ser artista e o conseguiu... Enfrentou
a oposição da família, os preconceitos de ser mulher e artista naqueles anos 50
e 60. Consuelo confessou que os melhores
anos de sua vida foram aqueles do início de carreira, onde tudo era muito
difícil, mas, “foram os melhores, eu era feliz e não sabia. O sonho não acabou,
mas mudou muito!”
Consuelo
Leandro nunca se esqueceu da sua cidade natal, sua querida Lorena: “eu sou uma
pessoa do interior: sou piraquara, Pirapora... Sou Caipira! Eu nasci na beira
do ribeirão, lá em Lorena. E eu ainda tenho aquelas coisas de chuva, gosto de
terra molhada, aquelas coisas cabem dentro de mim... Eu tenho aquela vontade de
ir para o interior. Uma casinha térrea, ter jardim, ter pomar e muitos bichos...”.
Ela falava de “boca cheia” de sua amada
Lorena: “eu nasci em Lorena, no Vale do Paraíba. Eu gosto muito de minha
cidade. Cidade Maravilhosa. A bandeira vermelha com a cruz de Lorena e com a
flor de Liz; lindíssima Lorena...”.
O lema de vida de Consuelo: “A vida já é muito séria, portanto,
sempre trabalhei com o riso e com a alegria”.
Consuelo Leandro faleceu no dia 5 de julho de
1999, aos 67 anos de idade, na cidade de São Paulo, em decorrência de problemas
cardíacos, foi sepultada no Cemitério do Morumbi.
Obs.: Texto
obtido com pesquisas: em jornal, no Programa Roda Viva da TV Cultura (1990) e
diversos sites.
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